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Rev. bras. med. fam. comunidade ; 16(43): 2779, 20210126.
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1358565

ABSTRACT

Introdução: A hipertensão arterial infantil vem recebendo atenção especial dos pediatras, pois o aumento da pressão arterial na infância contribui para o início precoce da hipertensão arterial essencial na idade adulta e para a mortalidade por doenças cardiovasculares. As medidas antropométricas têm sido úteis para o diagnóstico de sobrepeso e obesidade na infância, e tais condições são consideradas de risco para hipertensão arterial na idade adulta. Quanto mais precoce a identificação desses fatores de risco, seja no ambiente escolar, seja nos serviços de saúde, mais ações preventivas poderão ser desenvolvidas para minimizar tal problemática. Objetivo: Identificar a incidência de pressão arterial elevada e sua associação com medidas antropométricas em escolares do ensino fundamental. Métodos: Estudo longitudinal com 1.116 escolares; destes, 133 participaram de três avaliações no período de 2017 a 2019. As informações demográficas, as medidas antropométricas (peso, altura, circunferência abdominal, índice de massa corporal) e as pressóricas (sistólica e diastólica ajustadas de acordo com os parâmetros do Centro de Controle e Prevenção de Doenças para sexo e idade) foram registradas em formulário. A associação das variáveis com a pressão arterial elevada foi analisada por meio da regressão de Poisson, com ajuste robusto da variância. Resultados: Dos estudantes, 51,6% eram meninos com, em média, 7,9 anos, e 45,4% tinham pressão arterial elevada conforme os critérios do Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Entre os que apresentaram circunferência abdominal elevada, 19,4% evoluíram de pressão sistólica normal para elevada e 35,5% de pressão diastólica normal para elevada ao longo dos três anos de acompanhamento. Nos escolares com sobrepeso ou obesidade, a pressão sistólica normal evoluiu para elevada em 20,7 e 21,2%, respectivamente, e a pressão diastólica normal evoluiu para elevada em 24,1 e 42,4%, respectivamente. Os escolares com circunferência abdominal (risco relativo ­ RR 1,51; intervalo de confiança ­ IC95% 1,20­1,91; RR 1,58; IC95% 1,25­2,00), peso (RR 1,37; IC95% 1,08­1,74; RR 1,34; IC95% 1,05­1,71) e índice de massa corporal elevado (RR 1,51; IC95% 1,21­1,87; RR 1,50; IC95% 1,20­1,88) apresentaram maior risco para hipertensão sistólica e diastólica, respectivamente. Conclusão: A circunferência abdominal, o peso e o índice de massa corporal estiveram associados com o aumento da pressão arterial sistólica e diastólica nos escolares, e o risco foi maior entre os que tinham circunferência abdominal aumentada.


Introduction: Pediatric hypertension has received special attention from pediatricians, as increased blood pressure in childhood contributes to the early onset of essential hypertension in adulthood and mortality from cardiovascular diseases. Anthropometric measurements have been useful in diagnosing childhood overweight and obesity, considered risk conditions for hypertension in adulthood. The earlier the identification of these risk factors, whether in the school environment or in health services, the higher the number of preventive actions that can be developed to reduce this problem. Objective: To identify the incidence of high blood pressure and its association with anthropometric measurements in elementary schoolchildren. Methods: This is a longitudinal study with 1,116 schoolchildren, 133 of whom participated in three assessments from 2017 to 2019. Demographic information, anthropometric measures (weight, height, waist circumference, body mass index), and blood pressure values (systolic and diastolic adjusted for sex and age according to parameters from the Centers for Disease Control and Prevention) were recorded in a form. The association of variables with high blood pressure was analyzed using Poisson regression, with robust variance adjustment. Results: A total of 51.6% of students were boys with a mean age of 7.9 years, and 45.4% had high blood pressure according to criteria from the Centers for Disease Control and Prevention. Among those who presented high waist circumference, 19.4% progressed from normal to high systolic blood pressure, and 35.5% from normal to high diastolic blood pressure over the three years of follow-up. In overweight and obese schoolchildren, normal systolic blood pressure progressed to high in 20.7 and 21.2% of cases, respectively, and normal diastolic blood pressure progressed to high in 24.1 and 42.4%, respectively. Schoolchildren with high waist circumference (relative risk ­ RR 1.51; confidence interval ­ 95%CI 1.20­1.91; RR 1.58; 95%CI 1.25­2.00), weight (RR 1.37; 95%CI 1.08­1.74; RR 1.34; 95%CI 1.05­1.71), and body mass index (RR 1.51; 95%CI 1.21­1.87; RR 1.50; 95%CI 1.20­1.88) presented a greater risk for systolic and diastolic hypertension, respectively. Conclusions: Waist circumference, weight, and body mass index were associated with increased systolic and diastolic blood pressure in schoolchildren, and the risk was greater among those with higher waist circumference.


Introducción: La hipertensión arterial infantil ha recibido especial atención por parte de los pediatras, ya que el aumento de la presión arterial en la infancia contribuye a la aparición precoz de la hipertensión arterial esencial en la edad adulta y la mortalidad por enfermedades cardiovasculares. Las mediciones antropométricas han sido útiles para el diagnóstico de sobrepeso y obesidad en la infancia, y estas condiciones se consideran un riesgo de hipertensión arterial en la edad adulta. Cuanto antes se identifiquen estos factores de riesgo, ya sea en el ámbito escolar o en los servicios de salud, más acciones preventivas se pueden desarrollar para minimizar este problema. Objetivo: Identificar la incidencia de hipertensión arterial y su asociación con medidas antropométricas en estudiantes de primaria. Métodos: Estudio longitudinal con 1.116 estudiantes; de estos, 133 participaron en tres evaluaciones de 2017 a 2019. Información demográfica, medidas antropométricas (peso, talla, circunferencia de cintura, índice de masa corporal) y presión arterial (sistólica y diastólica ajustadas según los parámetros del Centro de Control y Prevención de Enfermedades, por sexo y edad) se registraron en un formulario. La asociación de variables con hipertensión arterial se analizó mediante regresión de Poisson con ajuste de varianza robusto. Resultados: El 51,6% de los estudiantes era varón con un promedio de 7,9 años y el 45,4% presentaba hipertensión arterial, según los criterios del Centro para el Control y la Prevención de Enfermedades. Entre los que tenían una circunferencia de cintura alta, el 19,4% evolucionó de presión sistólica normal a alta y el 35,5% de presión diastólica normal a alta durante los tres años de seguimiento. En escolares con sobrepeso u obesidad, la presión sistólica normal evolucionó a alta en un 20,7% y un 21,2%, respectivamente, y la presión diastólica normal evolucionó a alta en un 24,1% y un 42,4%, respectivamente. Estudiantes con circunferencia de cintura (RR 1,51; IC95% 1,20­1,91; RR 1,58; IC95% 1,25­2,00), peso (RR 1,37; IC95% 1,08­1,74; RR 1,34; IC95% 1,05­1,71) y alto índice de masa corporal (RR 1,51; IC95% 1,21­1,87; RR 1,50; IC95% 1, 20­1,88) tenían un mayor riesgo de hipertensión sistólica y diastólica, respectivamente. Conclusiones: La circunferencia de la cintura, el peso y el índice de masa corporal se asociaron con un aumento de la presión arterial sistólica y diastólica en los escolares y el riesgo fue mayor entre los que tenían una mayor circunferencia de la cintura


Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Cardiovascular Diseases , Child , Overweight , Pediatric Obesity , Hypertension
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